UNO Agosto 2013

Um Rio melhor para viver, trabalhar e visitar

05_2Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 representam um divisor de águas na história do Rio de Janeiro. Sediar esses eventos vai além da dimensão esportiva e de congraçamento entre diversos povos e culturas. É uma grande oportunidade para construirmos um importante legado para a cidade, difundir a imagem do Rio de Janeiro e do Brasil e demonstrar a capacidade do Rio de realizar grandes eventos.

A nossa meta principal é tornar o Rio um lugar melhor para seus moradores e visitantes, perpetuando os benefícios impulsionados pelos eventos esportivos. A premissa é construir um legado cujo valor material se aproxime ou supere o valor do investimento realizado, contribuindo para que o Rio seja reconhecido, na próxima década, como a melhor cidade do Hemisfério Sul para viver, trabalhar e visitar.

Desde a candidatura do Rio a sede dos Jogos 2016, perseguimos a construção de um legado tangível e também intangível, e que já começa a ser percebido por quem mora ou vem à cidade. A quatro anos para os Jogos, o Rio já apresenta instalações olímpicas concluídas –em alguns casos antes do prazo previsto no Dossiê de Candidatura– ou em construção. Estão concluídas a reforma do Sambódromo e a construção do Parque dos Atletas, do Centro de Operações e do BRT (Bus Rapid Transit) Transoeste. Outras foram iniciadas, como o Parque Olímpico Rio 2016.

É uma grande oportunidade para construirmos um importante legado para a cidade, difundir a imagem do Rio de Janeiro e do Brasil e demonstrar a capacidade do Rio de realizar grandes eventos

O Parque Olímpico começou a sair do papel no dia 6 de julho, dentro do cronograma previsto. Esse complexo esportivo, onde serão realizadas 14 modalidades olímpicas e 9 paralímpicas, está sendo erguido numa área de 1,18 milhão de metros quadrados, do tamanho do bairro do Leme. Parcela relevante do Parque será erguida com recursos privados, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) da prefeitura do Rio com o consórcio vencedor da licitação. É a primeira vez, nos Jogos Olímpicos, que o setor privado associa-se ao poder público no investimento para a construção do Parque Olímpico. Após os Jogos o local se transformará –de acordo com o Plano Diretor do Legado, já definido– em um bairro sustentável, referência de planejamento para a cidade.

05Outra área que está passando por uma revitalização completa é a do Porto Maravilha. A requalificação da região portuária resgata uma área histórica central do Rio e importante porta de chegada à cidade. A regeneração do centro do Rio está sendo inteiramente viabilizada com recursos privados, pela maior PPP em curso no país, de R$ 8,8 bilhões.

As quatro regiões olímpicas –Copacabana, Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã– e seus arredores, também receberão investimentos públicos e privados, beneficiando um total de dois milhões de pessoas.

A implantação de quatro linhas de BRTs é outro legado que começa a se tornar real. Serão 150 km de vias segregadas, com impacto direto na qualidade de vida dos cidadãos, pela significativa redução do tempo de deslocamento e da poluição do ar. Com veículos rápidos e confortáveis, adaptados para pessoas com deficiência e menos poluentes, estima-se que os BRTs permitirão a ampliação do uso de transporte público de 18% para 63%. O maior dos quatro BRTs em implantação na cidade, o Transoeste, já teve 51 km de seus 56 km entregues à população –com mais de 20 estações em funcionamento– e possibilitou a ligação da Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande. O segundo maior BRT, o Transcarioca, com 39 km, ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Embora a conclusão da obra esteja prevista para 2013, já foram inaugurados o Mergulhão Clara Nunes, em Campinho, e a duplicação do Viaduto Negrão de Lima, em Madureira.

Além de evoluir com o programa de obras que constituirá o legado tangível, estamos avançando na construção do legado intangível (apropriação ou construção de bens de natureza imaterial), que visa transformar pessoas e mudar comportamentos.

Nesse sentido, estão em curso iniciativas como o Rio Criança Global, que universalizará, até 2014, o ensino do inglês nas 1.066 escolas municipais, dando a 530 mil alunos melhores condições de empregabilidade. Outros projetos são o Rio em Forma Olímpico, de fomento à prática esportiva e à atividade física em áreas públicas, e o Ginásio Experimental Olímpico, escolas para alunos-atletas, já existindo uma em funcionamento. A Prefeitura também tem apoiado, por meio de patrocínio, a preparação de atletas do Time Rio (Olímpico e Paralímpico).

Além de evoluir com o programa de obras que constituirá o legado tangível, estamos avançando na construção do legado intangível, que visa transformar pessoas e mudar comportamentos

Os Jogos também representam uma grande oportunidade de desenvolver uma cultura de respeito pela cidade e excelência de serviços. Nesse sentido, várias iniciativas podem ser trabalhadas como, por exemplo, campanhas institucionais e de conscientização em diversas mídias, incluindo as redes sociais.

Nossa estratégia é comunicar o projeto olímpico e abrir um canal de diálogo para promover a participação da população no processo de preparação da cidade. Neste contexto, estão previstas diversas ações de engajamento que visam, principalmente, a formação de “cariocas olímpicos” capazes de multiplicar os benefícios urbanísticos e sociais proporcionados à cidade.

Estamos trabalhando com entusiasmo para que, em 18 de setembro de 2016, quando se encerram os Jogos Paralímpicos do Rio, os cariocas tenham orgulho de termos realizado, com alegria e sucesso, no tempo exigido e com transparência o maior evento esportivo concebido pela humanidade. Mais do que isso, orgulho de vivermos em uma cidade mais cidadã, moderna e sustentável.

 

Maria Silvia Bastos
Presidente da Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro
É presidente da Empresa Olímpica Municipal do Rio de Janeiro. Foi diretora do BNDES, secretária de Fazenda da cidade do Rio de Janeiro, presidente da CSN e do Grupo Icatu Seguros. É graduada em Administração Pública e mestre e doutora em Economia pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ). Foi professora do departamento de economia da PUC-Rio e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV/RJ. Integrou os conselhos de Administração da Petrobras, Companhia Vale do Rio Doce, Anglo American PLC, Embratel, Souza Cruz, Pão de Açúcar, Arcelor, Light e Globex.

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