UNO Junho 2021

Criatividade, motor de nossa evolução pessoal

Desde o momento de nosso nascimento começamos a desenvolver a criatividade, apesar de que seja somente um ato reflexo por sobreviver em um mundo desconhecido e hostil depois de estar nove meses no ventre materno.

É essa criatividade a que nos faz comunicar-nos para pedir comida, para fazer saber ao universo que algo nos está doendo ou para pedir a atenção de alguém mais velho. Nos primeiros meses essa virtude criativa se manifesta através do choro.

Já entrados nos primeiros anos educativos e durante todo o processo escolar utilizamos a criatividade para estudar, fazer amigos, gerar jogos, interagir com os companheiros e até para procurar desculpas quando se chega muito justo a uma prova.

Depois vêm os anos de altos estudos, desenvolvimento laboral e criação de projetos de vida. Desde meu ponto de vista é nesta etapa onde se adquire verdadeira consciência do que significa ser criativo já que a pessoa se encontra frente a frente com realidades que não estão contidas sob nenhum formato e onde o caminho se vai desenvolvendo em base a decisões que se tomam quase de maneira automática.

Na idade adulta, se costuma dizer que devemos ser criativos para encontrar novos caminhos, superar inconvenientes, desenvolver projetos e até para ser melhores pessoas. Seguramente é nesta última instancia na qual a criatividade deveria ajudar-nos na evolução pessoal. É aqui onde eu quero me deter para aprofundar sobre o conceito de criatividade que eu desenvolvi ao longo de meus 53 anos.

A criatividade é uma virtude que temos todos e que se desenvolve na medida que a exercitamos.

Quando era pequeno, e até no fim da adolescência, pensava que a criatividade era propriedade exclusiva de um grupo eleito integrado por artistas e pessoas que trabalhavam em agências de publicidade; nós, o resto dos mortais, estávamos excluídos desse grande mito que era criar. Com o passar do tempo e frente a diferentes situações que se apresentaram na vida pessoal e profissional entendi que a criatividade é uma virtude que temos todos e que se desenvolve na medida que a exercitamos. Portanto caiu o mito de que era exclusivo para um grupo seleto de pessoas.

A criatividade me impulsou a caminhar por trilhas que sempre sonhei e foi um motor fundamental para evolucionar no papel de filho, irmão, amigo, marido, pai, companheiro, comunicador e profissional. Foi nos processos criativos onde pude abrir novas portas e concretar expectativas que via muito distantes e até alheias. Em minha experiência, a criatividade se deve exercitar todos os dias, apesar de que não sempre, ao menos no meu caso, os resultados se fazem presente diariamente. No princípio pensava que tinha que gerar os espaços para baixar as revoluções da atividade cotidiana e dedicar tempo para pensar e ser criativo. Confesso que fracassei rotundamente; no meu caso não funciona assim.

Hoje, me encontro com a criatividade quando faço atividades que eu gosto, que desfruto, que me projetam a algo diferente; por exemplo: compartilhando com família e amigos, conduzindo, nadando, procurando novas fronteiras, trabalhando, liderando e contribuindo em equipes, cozinhando e exercendo o lazer. São âmbitos que recomendo com total ênfase.
Portanto, a admiração também me resulta fundamental na hora de encontrar criatividade. Por exemplo, na admiração a pessoas, situações ou paisagens posso descobrir caminhos criativos que me fazem encontrar perspectivas diferentes à rotina cotidiana; sem necessidade de que exista algum problema a resolver. Neste sentido, sempre admirei os empreendedores, que parecem ter a criatividade nos bolsos e a lançam com total liberdade em cada passo que dão.

O ecossistema socioeconômico no qual habita cada um de nós é um grande condicionante de quanto criativos devemos, ou podemos, ser.

Por outra parte, aqueles que são grandes leitores, sustentam que nas linhas dos livros que absorvem quase de maneira sistemática encontram o espaço criativo que no meu caso aparece nas atividades acima detalhadas. Como verão, não existe uma única forma de ingressar e atravessar um processo criativo.

Por último, é o contexto o que também condiciona a uma maior ou menor criatividade. O ecossistema socioeconômico no qual habita cada um de nós é um grande condicionante de quanto criativos devemos, ou podemos, ser. As situações pessoais, somadas à vontade de explorar outras experiências, serão as que marquem -em linhas gerais- o quanto criativo é cada um.
Agora sim, finalizando meu ponto de vista, a criatividade é um sadio motor para evolucionar como pessoas. Nos deveria ajudar a ser uma sociedade melhor, mais justa e a gerar um leque de oportunidades para cada cidadão.

Pablo Armagni
Comms Partner Movistar Argentina e Tecnologia Hispam
Iniciou sua carreira profissional em 1992 trabalhando para grandes marcas através de uma agência de comunicação. Em 1997 começou o caminho corporativo trabalhando para Movicom, primeira empresa de telefonia celular móvel da Argentina. Em 2008 se posicionou no comando da comunicação interna e de patrocínios na Telefónica Argentina, desenvolvendo também a área de comunicação digital da empresa. Em 2016 assumiu a direção de comunicação e imagem da Telefónica – Movistar.

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